terça-feira, 21 de abril de 2009

D.O.M é o 24º melhor restaurante do mundo



Mais uma vez, só deu Alex Atala. Em sua 8ª edição, a revista britânica Restaurant acaba de alçar o restaurante D.O.M. à 24ª posição em seu ranking anual dos 50 melhores restaurantes do mundo (agora com a alcunha "S.Pellegrino World's 50 Best Restaurants 2009"). É o 4º ano consecutivo que o restaurante de Atala comparece na lista, e desta vez, na melhor posição: em 2006, ano de sua aparição, o D.O.M. ocupou o 50º lugar; no ano seguinte, alcançou a 38ª posição e, no ano passado, ficou em 40º. Neste últimos 4 anos, é o único restaurante da América do Sul a figurar na lista. Segundo sua assessoria de imprensa, Atala foi para Londres receber a premiação.

A avaliação deste último ranking:

1. Pelo quarto ano consecutivo, Ferran Adrià lidera a lista, seguido por Heston Blumenthal, do The Fat Duck. O restaurante Noma, de Copenhagen, comandado por René Redzepi, angariou o 3º lugar (a casa subiu 7 pontos desde o ano passado), desbancando o Pierre Gagnaire (há pelo menos 3 anos em 3º lugar), que caiu para a 9ª posição.

2. Mais espanhóis: o restaurante espanhol Mugaritz mantém pelo segundo ano sua melhor posição: 4º lugar (em 2006, estava em 10º, e em 2007, subiu 3 posições). El Celler de Can Roca está em 5º, 21 posições à frente do ano passado. Estes, somados ao elBulli e ao Arzak - que se mantém nos últimos anos entre os 10 melhores - fazem da Espanha o país com mais restaurantes entre os Top 10.

3. Estados Unidos e França são os países com mais restaurantes na lista dos 50 (cada um tem 8).

4. Grant Achatz, do restaurante Alinea, em Chicago, teve uma ascensão incrível na lista: há pouco recuperado de um câncer na língua (ele recebeu o prêmio de melhor chef pelo James Beard Foundation em 2008), o que comoveu chefs de todo o mundo, estreou em 2007 na 36ª posição. Em 2008, já estava em 21º lugar e, este ano, alcançou o último lugar entre os Top 10.

5. Novidade no ranking, e bem colocado, está o restaurante do simpático chef italiano Massimo Bottura - o Osteria Francescana (confira entrevista que fiz com ele quando de sua passagem pelo Brasil).

6. Outros novos talentos na lista: Steirereck, da Austria (30ª posição), Momofuku Ssam Bar, da NY (31º), Mirazur, na França (35º), Iggy's, de Singapura (45º) e Quay, na Australia (46º).

A eleição é feita da seguinte maneira: o globo é dividido em 26 regiões, cada uma designada a um painel de juízes, formado por jornalistas de gastronomia, críticos, editores e cozinheiros (este ano, foram 4.185 votos de 837 especialistas).

O Sudeste Asiático, por exemplo, é dividido em duas regiões e os Estados Unidos e Canadá, juntos, formam três. O Japão tem seus próprios eleitores e o Brasil, fica na região da América do Sul. Cada membro dá 5 votos, dos quais três, no máximo, são para restaurantes de sua própria região. Os restaurantes votados tem que ter sido visitados, nos últimos 18 meses e não se pode votart no próprio restaurante.

Os dez melhores do mundo

O chef Grant Achatz, do Alinea

1. elBulli (Espanha)
este dispensa comentários.
2. The Fat Duck (Inglaterra)
Heston Blumenthal é o chef mais criativo do país. Entrou na onda da cozinha molecular dede a década de 1990. Tem programas de TV, livros publicados e três estrelas Michelin desde 2004.
3. Noma (Dinamarca)
No Madrid Fusión do ano passado, chamou-se a atenção para as novidades que vinham dos países nórdicos. Uma comitiva de chefs destes países participou do evento, incluindo René Redzepi, meio-dinamarquês, meio-macedônico, chef e sócio-proprietário do Noma, 2 estrelas Michelin e representante da nova cozinha nórdica. Noma é a combinação das palavras nórdico e mad (louco, em relação à comida). Seus sócios são Claus Meyer, tido como o "pai" da nova cozinha nórdica e apresentador de TV, e o sommelier sueco Pontus Elufsson.
4. Mugaritz (Espanha)
O cozinheiro Andoni Luis Aduriz já esteve por estas bandas há alguns anos, apresentando sua cozinha no restaurante de Atala. Naquela época, muitos estranharam, e outros (como eu) se surpreenderam com seu bacalhau cozido a baixas temperaturas.
5. El Celler de Can Roca (Espanha)
6. Per Se (EUA)
Thomas Keller, com seu novaiorquino Per Se e o californiano The French Laundry (12ª posição) é o único cozinheiro com 2 restaurantes entre os 50 melhores do mundo.
7. Bras (França)
8. Arzak (Espanha)
Um dos precursores da nova cozinha espanhola também figura na lista há anos. Continua na 8ª posição, como em 2008.
9. Pierre Gagnaire (França)
10. Alinea (EUA)

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