sábado, 14 de julho de 2007
Café de Madame
Está saindo no mercado mais um café daqueles especiais. Chama-se Madame D'orvilliers (escrito assim, com "D" maiúsculo), uma referência à mulher do governador da Guiana Francesa que, em 1727, presenteou o brasileiro Francisco de Melo Palheta com as primeiras sementes de café plantadas no Brasil (assim conta a nossa velha história). O blend — de grãos arábica de 3 diferentes variedades — tem origem na Fazenda Império, no Cerrado Mineiro, que é a primeira região demarcada de cafés do Brasil.
Embora cada região tenha condições particulares que são expressas nos grãos de café, vários elementos determinam as características que um café virá a ter, ou seja, a sua identidade. Como o vinho. Mas como estamos começando a falar de cafés (e cafés, acreditem, tem uma variedade enorme de aromas e sabores), basta dizer que a região do Cerrado Mineiro é conhecida por conferir doçura aos grãos, e também uma delicada acidez.
Conheci o café na Fispal, num espaço dedicado ao café, uma iniciativa superbacana do pessoal da Revista Espresso. Provei-o como espresso, que é o método de preparo que melhor extrai as qualidades do café. Achei o Madame elegante, com notas de caramelo e uma delicada acidez cítrica, que lembrava laranja. E uma sensação de doçura final na boca que eu, particularmente, adoro. O Madame, até recentemente direcionado ao mercado externo, tem algumas certificaçõess importantes de qualidade e responsabilidade social. Vale conferir.
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