sexta-feira, 23 de julho de 2010

Concurso mundial elege bartender do ano



Semana passada, a Grécia foi palco da segunda edição da Diageo World Class, concurso de coquetelaria que reuniu bartenders de 24 países (inclusive o Brasil). O vencedor foi o eslovaco Erik Lorincz (na foto), seguido pelo coreano Do Hwan Eom e pelo irlandês Max La Rocca (terceiro lugar). Bartender desde 2000, Lorincz trabalha no bar do The Connaught, hotel cinco estrelas de Londres e venceu a prova - que durou quatro dias e contou com seis desafios - com o coquetel Rising to the Sky (receita no fim deste post).

A etapa brasileira, da qual participei como juíza, aconteceu entre março e maio em São Paulo, e selecionou o paulistano Rafael Pizanti, do Bar do Copa, do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Foram três etapas, com mais de 30 profissionais do bar, de vários estados.


O concurso foi concebido pelo segmento da Diageo que cuida das bebidas premium (entre elas Tanqueray No. TEN e Cîroc), e faz parte do programa de capacitação profissional desenvolvido pela empresa. A seletiva brasileira foi uma investida de maior envergadura - no ano passado não houve competição propriamente dita, mas uma seleção a partir da avaliação do trabalho de vários bartenders (o vencedor foi Henrique Medeiros, ex-D.O.M. e, atualmente, Kinoshita).

Outros bartenders que estiveram na competição trabalham em bares famosos pelo mundo, como o Rainbow Room de Nova York (representado por Dale DeGroff), o Dukes St James’s, em Londres (com Salvatore Calabrese), e o Star Ginza, em Tóquio (com Hidetsugu Ueno).

Os desafios aconteceram pelos bares de Atenas. O candidato tinha que dominar clássicos da coquetelaria, ter velocidade e técnica no preparo de um coquetel, trabalhar texturas e sabores em drinques de criação e ter a capacidade de harmonizá-los com petiscos e afins. Uma das etapas tinha como proposta a criação de um coquetel a partir de produtos frescos encontrados no mercado - etapa que também aconteceu na seleção brasileira.

A seleção nacional deu uma boa mostra de um segmento que vem se aperfeiçoando (nas cidades de São Paulo e Rio, é bom frisar) e que merece atenção. Desde então, tenho deixado para trás as taças de espumante - para mim, a bebida mais segura, além da cerveja, num bar - e perseguido alguns destes lugares bacanas com seus bartenders criativos. Abaixo, a receita do campeão mundial e, também, uma das bebidas criadas por Pizanti na prova nacional.

Rising to the SkyErik Lorincz
Taça: Martini
Decoração: um pequeno recipiente de metal para o vapor botânico

Ingredientes


1,5 dose de gim Tanqueray TEN
1/3 de dose de suco de yuzu
3/4 de dose de suco de limão siciliano
1/2 dose de suco de abacaxi fresco
1/3 de dose Fino Dry Sherry
1/2 dose de xarope de açúcar
8 folhas de coentro

Para o vapor botânico: coentro, zimbro, casca de grapefruit macerada em água quente e gelo seco por cima.

Preparo
Coloque todos os ingredientes numa coqueteleira, coe e despeje na taça previamente resfriada.


Sweet Martini
Rafael Pizanti

50 ml de vodca Cîroc
50 ml de suco de pêra
15 ml de Limoncello
2 uvas verdes frescas
1/4 de limão siciliano
1 colher de bar de açúcar refinado
1 colher de caviar preto

Preparo
Em uma coqueteleira, coloque as uvas verdes e o açúcar e macere suavemente. Em seguida adicione a vodca Cîroc, o suco de pêra, o Limoncello e o limão siciliano. Agite com muito gelo. Sirva em taça Martini previamente gelada e coloque a colher de caviar em cima da taça. Cada gole do drinque deve ser seguido por um pouco de caviar.

4 comentários:

lufec disse...

crica, adorei o post! vê se desdobra esse assunto com diquinhas de onde beber - e o quê! hein? beijo, beijo

Unknown disse...

podexá, lu!
outros posts virão...

Anônimo disse...

Gostei dos drinks e dos barmens também... hehehehe

Unknown disse...

Sei, sei, Testebar... tente os driqnues! abraço