quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Nespresso, a melhor xícara
Deixei de comentar a indicação da Veja São Paulo em relação ao melhor espresso. Meus comentários ficaram apenas entre taças de vinhos, no encontro da confrarias de que participo, com a Isabela Raposeiras. Mas a jornalista Luíza Fecarrota não deixou passar e tascou-lhe uma. Dêem uma conferida no blog dela. Não seria o meu voto pelas mesmas razões que a Luiza apontou, já que qualquer um que tenha a poderosa máquina pode tirar um espresso igualzinho ao "campeão" - e a idéia é essa, mesmo. Nesse sentido, não há merito a barista nenhum. Adoro a Nespresso, e pode ser até que o que importe, nesta votação, seja a bebida em si.
Mas há alguns outros pontos a considerar: o primeiro deles é que a Nespresso encarna um outro conceito: foram 20 anos de pesquisa da Nestlé para desenvolver uma embalagem inócua, que preservasse o café da oxidação (que altera o sabor) e, consequentemente uma máquina que se adequasse a essas novas cápsulas. Tudo isso prá que as pessoas pudessem ter em casa ou no escritório um espresso perfeito todo dia, sem ciência. Assim, assim, reinterpreta os princípios do espresso: a mão do barista, essencial para operar a máquina e o moinho, sai de cena; não depende mais de sua habilidade e conhecimento o controle do tempo de extração e do grau de moagem, por exemplo.
O segundo é que não me parece um voto representativo, numa cidade que abre cafeterias a toda hora, que investe na profissão de barista e que tem excelentes marcas de café 100% nacionais disponíveis nesses estabelecimentos. Resumindo: comparar o produto da Nespresso com o das nossas cafeterias não tem sentido.
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3 comentários:
ainda mais isso. eu não tinha levado muito em conta o segundo item. sabe que, lendo seu texto, ficou claro que o voto chega a ser irresponsável, né?
Cris,
adorei o blog. Vou visitar sempre. Pode deixar que irei incluí-lo nos links do meu blog. bjs.
oba, que bom, obrigada! beijo
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