domingo, 4 de novembro de 2007

Comidinhas de Piri


Guilherme AndradePamonha frita, Fazenda Babilônia

* Duas delícias que não deixo de comer sempre que vou a Pirenópolis: pamonha frita e paçoca de pilão. Ambas são feitas com maestria pela dona Telma, da centenária Fazenda Babilônia, e servidos junto com outras dezenas de iguarias - pratos patrominiais mesmo - no seu famoso café colonial. Já se fartaram em sua mesa governantes e embaixadores de vários países, mas dona Telma só descobre depois que eles já partiram e enviaram novos "emissários" em seu lugar, para continuar a orgia gastronômica... Claro, porque depois não dá prá comer mais nada... Desta vez tentei trazer, de avião, um pouco de paçoca de pilão (tão delicada que dissolve na boca!) e uma espécie de sequilho, chamado por lá "quebrador de polvilho". Bom, a paçoca ainda entrou em território paulistano sã e salva, mas o quebrador esfarelou-se no pacotinho, mesmo eu fazendo um esforço danado para trazê-lo na mão.

Ganhei gentilmente a receitinha da pamonha frita de outra grande cozinheira da Pirenópolis, a Wanda, do restaurante Pedreiras (outro pecado da gula). Ela ensina a fazer assim: "você pega o milho de consitência média e rala com um ralador grosso até o sabugo. Não rala só os grãos, não, tem que ralar uma parte do sabugo, senão a massa fica muito rala. Aí é só juntar sal a gosto e fazer os bolinhos com uma colher. Frite sempre no óleo bem limpo, e quente. E pronto!"

Cristiana CoutoPaçoca de pilão, Babilônia

Quebrador de polvilho, também da fazenda

Requeijão, danado de bão!

* Nem Stuppendo, nem Sottozero. O sorvete da hora está na Colorê Sorvetes, em Pirenópolis. R$ 2 o copinho cheio de sorvete: de baru, pequi, tapioca, cagaita, jabuticaba... Uma delícia!



Guilherme Andrade* Este mimo faz parte do café da manhã da pousada Casarão. É um bombom de chocolate feito com baru (Dipterys alata), a castanha do Cerrado. A castanha está dentro desse fruto aí ao lado, e está em risco de extinção: a madeira do baruzeiro é usada em construções. O fim da picada. Dizem que a castanha de baru, quando torrada, tem sabor parecido com o do amendoim ou da castanha-de-caju. Que nada: baru tem gosto de baru. Parece ser um fruto pouco aproveitado: a polpa, não utilizada, tem propriedades nutricionais importantes, e o óleo, de ótima qualidade, pode ser usado como tempero. Um estudo publicado na revista Instituto Adolfo Lutz (60 (2): 113-117,2001) indica que a castanha de baru tem teor relativamente elevado de lipídeos (38,2 g/100 g) e proteínas (23,9/100 g), além de fibras (13,4 g/100 g) e minerais, como potássio (827 mg/100 g), fósforo (358 mg/100 g) e magnésio (178 mg/100 g).

Fazenda Babilônia (GO-431, km 3, tel. 62/9974.0026)
Restaurante Pedreiras (rodovia dos Pireneus. km 1,8, tel. 62/3331.1853)
Colorê Sorvetes (R. Bonfim, 15, Ponte de Pedra, tel. 62/9977.0344)

4 comentários:

Giuliana Bastos disse...

Cris, que vontade que dá isso tudo em Piri!!! Que delícia de viagem, hein! Ficaram lindos os posts, cheios de novidades (muitas frutas que eu não conhecia), muito interessantes. Parabéns pelas fotos do Guilherme também. bjão

Unknown disse...

brigada, giu, vc é sempre bem-vinda! beijo,

Trem do Cerrado disse...

Também faço umas delícias com o Baru, barrinhas de baru, biscoito integral de aveia e baru, pão de baru (chocante!, bolo de maçã com baru(larica pura!!)
Quando passar por Piri experimente...

Anônimo disse...

Parabens Cris
Otima divulgação da Castanha de Baru.
O Hotel Mandala tambem prestigia a castanha de Baru.
Nos elaboramos um delicioso licor da castanha de Baru.Oferecemos aos hospedes e amigos como cortesia de Boas Vindas
Jose Carlos